Avanço de desocupações para ferrovia em Garça e Marília geram preocupação em Vera Cruz

A concessionária Rumo Malha Paulista intensificou os pedidos judiciais para desocupação de áreas ao longo da ferrovia no interior paulista. Desde o início do ano, já foram protocoladas 11 ações em Garça, incluindo liminares favoráveis à empresa. As medidas visam recuperar a posse de áreas ocupadas irregularmente, muitas delas localizadas ao lado ou sobre os trilhos.

A movimentação judicial também atinge Marília, onde duas novas ações cobram a desocupação de terrenos situados entre a rodovia SP-294 e a ferrovia, nas proximidades da avenida das Esmeraldas, na zona leste. Um dos processos, aberto no último dia 21, não identifica os ocupantes, enquanto o outro, registrado na terça-feira (25), cita uma empresa de transportes e uma pessoa física.

Obras em andamento e impactos locais

As medidas acompanham o avanço das obras de reativação do Ramal Bauru-Panorama, um trecho ferroviário que liga Bauru a Tupã, com previsão de conclusão até dezembro de 2025. A Rumo afirma que os trabalhos estão sendo executados conforme contrato firmado com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

A repercussão das desocupações em Garça e Marília já desperta preocupação em Vera Cruz, município localizado entre as duas cidades, onde ocupações irregulares às margens da ferrovia ocorrem desde os anos 90. Até o momento, a cidade não aparece no cronograma de reintegrações de posse, mas moradores temem que ações semelhantes sejam estendidas à região.

Apesar da movimentação judicial, a Rumo ainda não divulgou detalhes sobre os processos nem sobre a natureza das ocupações. A concessionária informou que só se pronunciará após decisões judiciais sobre os pedidos de desocupação.

Fontes: 

Giro Marília

Rumo