Em um ano, o Governo do Estado de São Paulo registrou um salto significativo no desempenho de estudantes do 2º ano do Ensino Fundamental na rede pública. Dados da Avaliação de Fluência Leitora, aplicada pela Secretaria da Educação (Seduc-SP), mostram que o número de crianças com leitura adequada aumentou 57% entre o primeiro e o segundo semestre de 2024. Paralelamente, o percentual de pré-leitores — aqueles com dificuldades na leitura — caiu pela metade.
A avaliação, realizada em março e novembro de 2024, envolveu mais de 370 mil alunos da rede estadual e de 642 municípios parceiros do programa Alfabetiza Juntos, lançado em março de 2023. A meta é atingir 90% de crianças leitoras até o fim de 2026. Para isso, o governo investiu R$ 300 milhões no ano passado, oferecendo formação continuada a professores, material didático padronizado e acesso a plataformas de leitura.
Todas as cidades paulistas, com exceção da capital e Campinas, aderiram ao programa no ano passado, essas últimas passam a integra-lo neste ano.
Resultados expressivos
Na primeira avaliação de 2024, 48% dos alunos (181.586) eram considerados leitores iniciantes ou fluentes. No segundo semestre, esse número subiu para 77% (286.676). Já o percentual de estudantes no nível mais crítico de pré-leitura caiu de 15% para 5%.
A fluência leitora é medida pela capacidade de ler palavras, pseudopalavras e textos com precisão, fluidez e ritmo adequados. Leitores fluentes conseguem ler entre 45 e 60 palavras por minuto, com 97% de precisão.
Impacto nos municípios
O avanço também refletiu no desempenho dos municípios. O Índice de Fluência Leitora (IFL), que classifica as cidades em sete faixas, mostrou que 459 municípios alcançaram a segunda faixa mais alta (entre 6,0 e 7,99). Além disso, nenhuma cidade ficou nas três piores faixas na segunda avaliação.
Programa Alfabetiza Juntos SP
O programa, desenvolvido em parceria com a Undime-SP e organizações como Fundação Lemann e Instituto Natura, permite que os municípios adotem um ou mais pilares, como formação de professores, material didático e avaliações. A adesão é voluntária e não exige contrapartida financeira.
Segundo o secretário da Educação, Renato Feder, o avanço é fruto do esforço conjunto entre estado e municípios. “A participação de quase 100% das cidades mostra que a colaboração pode reverter problemas históricos na educação pública”, afirmou.
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