Um novo esquema de fraude envolvendo o sistema Pix tem chamado a atenção de especialistas em segurança bancária. Segundo análises recentes, criminosos estão utilizando microdepósitos de R$ 0,01 para validar contas bancárias e, em seguida, aplicar golpes de engenharia social.
O objetivo é transferir ilegalmente chaves Pix para contas controladas pelos golpistas, desviando recursos das vítimas.
Como o golpe funciona
O golpe começa com uma transferência mínima — geralmente de um centavo — para a conta da vítima. De acordo com o especialista em segurança digital Renato Cunha, o valor simbólico serve para verificar se a conta está ativa e identificar pessoas que não acompanham suas movimentações bancárias.
“Os criminosos já têm dados bancários obtidos no mercado paralelo. O microdepósito é só a primeira etapa”, explica Cunha.
Em seguida, os fraudadores entram em contato com a vítima, fingindo ser funcionários do banco. Sob falsos pretextos como “atualização de cadastro” ou “resolução de problemas”, orientam o acesso ao aplicativo bancário e solicitam confirmações de operações.
Na prática, estão induzindo o usuário a autorizar a portabilidade da chave Pix para uma conta fraudulenta, aberta no nome da própria vítima com os dados roubados.
“Se o usuário confirmar as etapas sem atenção, o golpe se concretiza, e os futuros Pix passam a cair direto na conta dos criminosos”, alerta Cunha.
Como se proteger
Especialistas reforçam que instituições financeiras nunca solicitam:
- senhas ou códigos por telefone;
- dados completos de cartão;
- autorizações de operações via ligação.
Fique atento a microdepósitos de origem desconhecida, mesmo que o valor seja pequeno. Empresas legítimas — como redes de fast food ou aplicativos de transporte — podem usar microtransações, mas desconfie se não estiver esperando nenhuma transferência.
Veja o que fazer:
- Não confirme operações sem checar a origem;
- Bloqueie contatos suspeitos e avise seu banco;
- Registre um boletim de ocorrência em caso de fraude confirmada.
Compartilhar é se proteger
A informação é uma aliada no combate a fraudes digitais.
“Compartilhe alertas em grupos da família, trabalho e redes sociais. A prevenção ainda é a melhor defesa”, orienta Renato Cunha.
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