A coleta de dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB) 2024, organizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) segue sendo estudada para mapear a situação do manejo de resíduos sólidos e da drenagem urbana em todos os 5.571 municípios brasileiros. A pesquisa, que deve se estender até outubro, trará informações essenciais para políticas públicas de saúde, meio ambiente e infraestrutura, com resultados previstos para 2026.
Saneamento básico e saúde pública: uma relação direta
A PNSB investiga desde a coleta seletiva até a destinação final de resíduos, incluindo temas como Ecopontos, compostagem e logística reversa – estratégias fundamentais para reduzir impactos ambientais. Segundo Fernanda Malta, gerente da pesquisa, o manejo adequado de resíduos e águas pluviais é imprescindível para evitar enchentes, contaminação de rios e proliferação de doenças.
“A pesquisa permite avaliar não só a qualidade dos serviços, mas também seus reflexos na saúde e no bem-estar da população”, destaca Vânia Pacheco, especialista do IBGE. Dados atualizados são vitais para enfrentar desafios como enchentes urbanas e acúmulo de lixo em áreas vulneráveis.
Inovações no questionário: sustentabilidade e prevenção de desastres
Em comparação com a última edição (2008), a PNSB 2024 incorporou novos temas, como:
Sistemas de proteção contra enchentes (piscinões urbanos, pavimentos permeáveis);
Tratamento de águas pluviais em zonas rurais e urbanas;
Educação ambiental e participação de cooperativas de catadores.
A pesquisa também reflete a Política Nacional de Resíduos Sólidos (2010), incluindo perguntas sobre reciclagem, reutilização de materiais e tecnologias verdes, como telhados e jardins de chuva.
Desafios e próximos passos
O maior obstáculo, segundo Cristiane Moutinho, coordenadora da pesquisa, é identificar informantes qualificados em cada município – responsáveis por detalhar a operação dos serviços. A integração com a Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) facilita esse processo, mas a complexidade do tema exige precisão.
Com a coleta em andamento, o IBGE reforça a importância da participação das prefeituras e concessionárias. Os resultados ajudarão a direcionar investimentos em saneamento, reduzindo desigualdades regionais e melhorando indicadores de saúde e sustentabilidade.
Fonte: IBGE
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