Os atrasos nos ônibus urbanos em Garça têm causado transtornos e levado passageiros a buscar respostas. Recentemente, uma usuária relatou ao Portal de Notícias de Garça que perdeu uma consulta médica devido ao atraso de um coletivo.
Empresa reconhece atrasos e aponta fatores externos
Procurada pela reportagem, a empresa responsável pelo transporte coletivo, Raptur, reconheceu os problemas, mas destacou que diversos fatores externos contribuem para a falta de pontualidade.
Segundo José Francisco, representante da empresa, um dos principais desafios enfrentados pelos motoristas ocorre nas proximidades das escolas, nos horários de entrada e saída dos alunos.
“Agora à tarde, uma passageira ligou dizendo que o ônibus estava atrasado, certo? Mas o que ela viu foi que os pais, ao buscarem os filhos, travam todo o trânsito, e o ônibus não consegue passar. Ela disse que o coletivo ficou parado quase 10 minutos, entendeu?”
Efeito cascata nos horários
O empresário explica que esses atrasos acabam impactando toda a operação do transporte coletivo.
“Quando o ônibus chega no próximo ponto, o passageiro que está esperando não sabe o que aconteceu antes. E aí, a culpa acaba sempre caindo no Circular.”
Apesar disso, ele reforça que há sempre uma razão por trás dos atrasos.
Sugestão de solução
Diante da situação, uma passageira sugeriu levar a questão à Prefeitura.
“Ela fez uma reclamação construtiva, para que esse sistema melhore. Disse que pretende falar no Departamento de Trânsito e na Prefeitura”, afirma José.
Ele incentiva que mais pessoas se manifestem e cobrem ações do poder público.
Outros fatores que impactam os horários
José também destacou outros problemas que afetam a circulação dos ônibus na cidade.
“Tem várias situações que geram atraso. É caminhão de lixo atravessado, a CPFL, o caminhão com material de construção... Às vezes, vão descarregar um vasculante ali, uma caçamba, e param atravessados na rua. Tem também o idoso, que está com bastante dificuldade para embarcar e acaba levando mais tempo para subir.”
Solução depende de planejamento urbano
Para o empresário, a responsabilidade por melhorias na mobilidade urbana não cabe apenas à empresa.
“Está difícil mesmo. Para tentar melhorar, é preciso colocar em prática o projeto radial, centro-bairro. Isso demanda investimento e estudo. Já há um estudo parcial, mas vamos ver o que a nova gestão, do Faneco, pode trazer de novidade”, conclui.
Enquanto isso, passageiros seguem enfrentando dificuldades e aguardam soluções para garantir maior regularidade e eficiência no transporte coletivo da cidade.
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